A efetividade das ações ambientais para a logística reversa de eletrônicos deveria ser vista em todos os locais, porém a realidade é como procurar uma agulha no palheiro.
Caros leitores do blog Análise Crítica.
Quero propor um desafio para você. Olhe exatamente agora ao seu redor e veja se há algum “lixo eletroeletrônico”. Por favor responda com senso crítico, sem pensar desta maneira; “não é lixo, ainda vou usar, embora esteja fora de uso por mais de dois anos”.
Deve haver em alguma gaveta ou armário um celular antigo, um televisor, uma impressora velha, um monitor, um aparelho de telefone fixo, pilhas e baterias usadas, carregadores de alguma coisa que você nem lembra, console de jogo etc.
O que fazer com estes equipamentos eletrônicos? O que fazer com equipamentos que ficaram obsoletos depois de longos 2 anos ou menos? Obsoletos por nova tecnologia, moda, vizinho ou cunhado que comprou um melhor (com mais recursos ou seduzido pela propaganda).
A minha sugestão seria lançar mão da logística reversa, assim que adquirimos um produto, pois em geral os equipamentos eletrônicos ocupam a metade da embalagem (papel, papelão, isopor, grampos e muito mais). A empresa que fez a entrega já deveria voltar com os resíduos de embalagens dos mesmos, ou o fabricante deveria projetar embalagens para transporte retornáveis ou que pudessem ser utilizados mais de uma vez. Qual a embalagem de um carro? Nenhuma!
Para reforçar a necessidade de reciclar as embalagens temos a “Política Nacional de Resíduos Sólidos” lei 12.305 de 02.08.2010 (sim de 2010!) artigo 33, que menciona a logística reversa para produtos eletroeletrônicos.
Caros leitores, além das caixinhas escondidas em supermercados para depositar pilhas e baterias, onde mais devemos depositar ou destinar nossos resíduos eletroeletrônicos (muito além das pilhas e baterias)? Quais empresas fabricantes nos orientam a destinação de tais produtos obsoletos? As propagandas são para consumir e nunca para preservar...
Ouvimos falar muito sobre o meio ambiente, mudanças climáticas, aquecimento global e extinção de animais; mas... estamos dispostos a pagar mais por um produto, pelo fato de haver uma vantagem ambiental? Será que somos tão imediatistas e achamos que haverá uma solução tecnológica para os problemas ambientais (clonagem, Jurassic Park ou usem sua imaginação) e que a previsão de falta de água potável para o mundo em 50 anos está muito longe?
A logística reversa com certeza não é a solução ambiental que a mãe natureza daria uma nota 10 com louvor, mas é uma parte de um abrandamento ambiental, econômico e social (veja o caso das latinhas de alumínio).
Convoco, portanto, os fabricantes de eletroeletrônicos a tirarem de suas políticas ambientais (quadro na parede ou relatório para os acionistas) as palavras e frases comoventes e as transformem em atos verdadeiros para tirar estes lixos eletrônicos de nossas casas e empresas. Este é o desafio... por favor se manifestem e escrevam para o blog....
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